As principais reflexões do encontro foram realizadas à luz das novas diretrizes da CNBB e da XXII Assembleia Diocesana
| Por Jefferson Souza (Pascom), com colaboração de Márcia Fonseca (Pascom) |
A Diocese de Macapá realizou nos dias 23 e 24 de novembro o Encontrão das Ceb’s de 2019. Com o tema ‘Ceb’s à luz das DGAE e a preservação da casa comum’ e o lema ‘Eis que estou fazendo coisa nova…, ela já está brontando!’ (Is 43,19), o evento aconteceu no auditório do Centro de Cultura e Pastoral Dom José Maritano e recebeu animadores de comunidades para momentos de formação e reflexão da caminhada das Comunidades Eclesiais de Base. Clique aqui e confira fotos do evento.
Na edição deste ano, o Encontrão levou os participantes a renovarem o compromisso missionário orientados pelas Diretrizes Gerais da Ação Evangelização da Igreja no Brasil 2020-2023 e das propostas da XXIII Assembleia Diocesana, ocorrida de 15 a 17 deste mês. O assessor do setor Ceb’s da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (Cnbb), Celso Carias, e o bispo de Macapá, dom Pedro José Conti, participaram do Encontrão.
Na abertura, dom Pedro Conti declarou que “o assunto das comunidades é fundamental”. Segundo o bispo, “somos uma igreja a caminho, que abre também novos caminhos” e desta forma, “precisa saber enxergar o caminho certo”, disse. “Queremos ser uma Igreja que na medida do possível caminha junto”, frisou.
Dom Pedro destacou que as diretrizes gerais apresentam algumas novidades importantes para a reflexão das Ceb’s. O “Brasil cada vez mais urbano” é uma realidade atual cada vez mais significativa. “A cidade tem seu fascínio e atrai as pessoas”, afirmou.
Missionariedade
Para o bispo, outra “novidade” para as comunidades é o incentivo para saírem em missão. De acordo com dom Pedro, a motivação é para que as Ceb´s sejam também “comunidades eclesiais missionárias”, cada vez mais em saída como propõe o Papa Francisco.
Para o assessor do setor Ceb´s da CNBB, Celso Carias, convidado para palestrar no evento, o Encontrão “se trata da oportunidade de aprofundar e olhar com mais carinho para aquilo que a Igreja está percebendo para o caminho pastoral que é a vida em comunidades que se fazem missionárias dentro do contexto urbano”, disse.
Celso Carias destacou ainda que a distinção entre o ambiente rural e urbano está cada superado com a “mentalidade urbana” presente nas comunidades. Para Carias, “nosso grande desafio não é só do ponto de vista territorial, é também um desafio as periferias das cidades, a mentalidade urbana”.
Segundo ele, é necessário “lidar, dialogar e poder perceber que a questão penetra em nossas comunidades sem a gente perceber”, afirmou.
As discussões propostas pelo assessor favoreceram a compreensão dos atuais desafios das comunidades de base. Para o animador de comunidade Raimundo Cantuária o encontro foi uma oportunidade de aprendizado.
“Eu vim aqui para aprender”, disse Raimundo oriundo da comunidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, pertencente a Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes e localizada na região do Rio Furo Seco, uma ilha do estado Pará. Atuante há 45 anos nas Ceb’s, Raimundo destacou a importância da animação nas comunidades para que elas continuem seu caminho eclesial.
Comunhão
A coordenadora da Equipe Diocesana de Animação às Ceb’s Maria Pantoja, contou que a proposta do Encontrão sempre está em consonância aos temas atuais propostos pela Igreja e as necessidades das comunidades.
Nesta edição, o Encontrão pretende ressoar na vida das comunidades as novas diretrizes da Igreja no Brasil e o Sínodo da Amazônia. “A gente está sempre em comunhão, a partir dos documentos, do Magistério Igreja”, disse a coordenadora ao explicar a escolha do tema.
Maria Pantoja explicou que a proposta do lema também visa recordar as comunidades de que “as coisas novas estão brotando”, como as diretrizes gerais e o próprio Sínodo, para “iluminar este nosso jeito de ser Igreja a partir das Comunidades Eclesiais de Base”.
O destaque à missão proposta para as comunidades reforça a atuação das Ceb’s, segundo a coordenadora. “Nós somos missionários em nossas realidades, mas isto precisa ser trabalhado mais, porque muitas comunidades deixaram [de ser],a missionariedade é de suma importância”, destacou.
Serviço
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(25/11/2019)