Inaugurado no dia 06 de março de 1761, o monumento é considerado o mais antigo de Macapá
| Macapá (AP) | Por Luiz Felipe (Pascom Catedral São José)
No mês em que homenagens são voltadas ao Padroeiro da capital Macapá e do Estado do Amapá, São José tem mais um motivo para comemorar. Isso porque na próxima sexta-feira, 06 de março, a Igreja, que leva o nome do Santo, completará 259 anos de existência. São mais de dois séculos e meio de histórias, fé e tradição. Para celebrar o aniversário, será realizada a missa em ação de graças, às 12h.
Como tudo começou
Segundo registros históricos, a igreja começou a ser construída no século XVIII, em 1758. Foi lançada no dia 06 de março de 1761, tendo como primeiro vigário o padre Joaquim Pair, e o bispo do Pará, dom Frei João José e Queiroz, a inauguração contou com a presença do Governador do Pará, Manuel Bernardo de Melo.
A estrutura possui 33 metros de comprimento, 13m de largura e 13m de altura. O período de construção foi de três anos e dividiu-se em duas etapas: primeira, com o altar-mor e, logo em seguida, a nave central (parte em que os fiéis permanecem durante a missa). O exterior e interior são pintados de branco.
Vários sacerdotes passaram pela igreja, entre os padres Jorge Basille, Vitório Galiani, Arcângelo, Gian Franco, Lino, Paulo Dicopri, e Pe. Dário. A tradicional igreja também foi o campo de ação catequética do inesquecível missionário Pe. Júlio Maria Lombardi, a princípio como coadjutor e depois como vigário definitivo. Além de tantos outros que deixaram legados, como padre Paolo Lepre.
Devoção
Maria Zulma Carneiro, de 86 anos, serviu durante muitos anos na Igreja São José. Ela lembra com carinho dos tempos que participou da comunidade. “A festividade na Igreja São José sempre foi marcada de muitas alegrias. Naquela época, a festa do padroeiro era muito maior que o Círio de Nazaré. Toda população amapaense vinha participar da missa na Igreja, que começava às 05h da manhã e depois tinha o arraial”, afirma.
A devota colocou os nomes de seus dois filhos de José, como forma de homenagear o Santo, e ressaltou que a fé “representa tudo na vida”.