O Papa Francisco pediu novamente aos fiéis que carreguem no bolso, na bolsa um pequeno Evangelho para lê-lo durante o dia, para ouvir aquela palavra com autoridade de Jesus. “Todos nós temos problemas, peçamos a Jesus a cura de nossos pecados de nossos males”
| CIDADE DO VATICANO | Por Vaticannews
“A passagem do Evangelho deste domingo narra um dia típico do ministério de Jesus; em particular, é um sábado, um dia dedicado ao descanso e à oração”: assim iniciou o Papa Francisco a sua alocução neste domingo que precedeu a Oração mariana do Angelus, recitada, como nos domingos precedentes, na Biblioteca do Palácio Apostólico no Vaticano, devido à pandemia de coronavírus.
Na sinagoga de Cafarnaum, – continuou o Papa – Jesus lê e comenta as Escrituras. Os presentes são atraídos pela maneira como ele fala; eles se maravilham porque ele demonstra uma autoridade diferente da dos escribas. Além disso, Jesus se revela poderoso também nas obras. De fato, um homem na sinagoga se volta contra ele, questionando-o como o Enviado de Deus; Ele reconhece o espírito maligno, ordena-lhe que saia daquele homem, e assim o expulsa.
Francisco afirma sem seguida que “aqui vemos os dois elementos característicos da ação de Jesus: a pregação e a obra taumatúrgica de cura”.
“Ambos os aspectos se destacam na passagem do evangelista Marcos, mas o mais destacado é o da pregação; o exorcismo é apresentado como uma confirmação da singular “autoridade” de Jesus e de seu ensinamento. Ele prega com autoridade própria, como alguém que possui uma doutrina que deriva de si mesmo, e não como os escribas que repetiam tradições precedentes e leis promulgadas. Eles repetiam palavras, palavras, apenas palavras – como cantava a grande Mina; eles eram assim. Apenas palavras. Ao invés em Jesus, a palavra tem autoridade, Jesus tem autoridade. E isto toca o coração”.
Por que? Pergunta o Papa. Porque a Sua palavra realiza o que Ele diz. Porque Ele é o profeta definitivo. Mas por que eu digo isto, – interrogou Francisco – que Ele é o profeta definitivo? Recordemos a promessa de Moisés: Moisés diz: “depois de mim, no futuro, virá um profeta como eu – como eu! – que ensinará vocês”. Moisés anuncia Jesus como o profeta definitivo.
“O ensinamento de Jesus tem a mesma autoridade de Deus que fala; de fato, com um único comando, ele liberta facilmente o possuído do maligno e o cura. Por isso ele fala não com autoridade humana, mas com autoridade divina, porque tem o poder de ser o profeta definitivo, isto é, o Filho de Deus que nos salva, nos cura a todos”.
O Pontífice em seguida disse que o segundo aspecto, o da cura, mostra que a pregação de Cristo tem como objetivo derrotar o mal presente no homem e no mundo.
“Sua palavra – disse – aponta diretamente contra o reino de Satanás, o coloca em crise e o faz recuar, o obriga a sair do mundo. Aquele homem possuído, alcançada pelo comando do Senhor, é libertado e transformado em um nova pessoa. Além disso, a pregação de Jesus pertence a uma lógica oposta à do mundo e do mal: suas palavras se revelam como a perturbação de uma ordem errada de coisas. O demônio presente no homem possuído, de fato, grita quando Jesus se aproxima: “Que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para nos destruir”? Estas expressões indicam a total estranheza entre Jesus e Satanás: eles estão em planos completamente diferentes; não há nada em comum entre eles; são o oposto um do outro”.
“Jesus fala com autoridade, o Filho de Deus que cura”. Nós ouvimos as palavras de Jesus que tem autoridade, “não se esqueçam – disse o Papa – carreguem no bolso, na bolsa um pequeno Evangelho para lê-lo durante o dia, para ouvir aquela palavra com autoridade de Jesus”. “Todos nós temos problemas, peçamos a Jesus a cura de nossos pecados de nossos males”.
A Virgem Maria – concluiu o Papa – sempre conservou em seu coração as palavras e os gestos de Jesus, e o seguiu com total disponibilidade e fidelidade. “Que ela também nos ajude a ouvi-Lo e a segui-Lo, para que possamos experimentar em nossas vidas os sinais de sua salvação”.