MACAPÁ (AP) – Por Paullynna Figueiredo (Pascom)
Como resultado da evangelização feita pela Pastoral Carcerária da Igreja Católica, 14 homens foram batizados
Nos dias 20 e 22 de dezembro, aconteceram os rituais da celebração do Batismo de 14 detentos do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen). Nas ocasiões, estiveram presentes, além do bispo diocesano dom Pedro José Conti, algumas esposas dos encarcerados e o titular da Vara de Execuções Penais (VEP), juiz João Teixeira de Matos Júnior.
De acordo com o depoimento de alguns dos internos, esta foi a primeira vez que presenciaram um batismo. Também falaram sobre o preconceito de evangelizar detentos e da importância da Pastoral Carcerária. “A Pastoral é responsável pela maior parte da ressocialização de presos no Brasil e esse trabalho tem que ser valorizado e mostrado, pois é a presença de Cristo para os Cárceres”, ressalta um detento.
Segundo os agentes pastorais, o batismo era algo sonhado pelo padre Luiz Carlini, sacerdote responsável pela Pastoral, que batalhou por muito tempo para que o Sacramento do Batismo acontecesse, afinal, para os católicos ele é o início da vida cristã.
Todavia, o dia do batizado não foi apenas recheado de felicidade, pois ao lado da sala onde ocorria a cerimônia, houve o assassinato de um detento. “Mesmo em meio à tristeza pelo ocorrido, houve alegria da vida nova dos 14 homens batizados. A realização dos sacramentos evidencia que ainda buscamos seguir a Cristo”, expressa o Juiz João Teixeira de Matos Júnior.
Ele completa dizendo que é algo grandioso ver homens com histórias tristes terem uma razão para mudar de vida e recomeçarem nos caminhos de Deus, o que é um grande passo para voltarem à sociedade transformados.
A Pastoral Carcerária se dedica para garantir os direitos humanos dos detentos. A organização enfatiza a dignidade humana e também tem levado o evangelho para cada uma daquelas pessoas, levando esperança de uma vida nova.