Comissão Pastoral da Terra divulga nota de repúdio pela morte de agricultor

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MACAPÁ (AP) – Por Redação Pascom 

A CPT também manifestou solidariedade à família e pediu a punição dos culpados

A Comissão Pastoral da Terra do Amapá divulgou na segunda-feira (25/11) um nota de repúdio por ocasião do assassinato de Antônio Candeia Oliveira, de 80 anos, no município de Amapá no sábado (23/11).

Segundo a nota, O Regional AMapá da CPT “repudia, veementemente, esse ato de violência praticado” e destaca que ” há algum tempo a CPT vem denunciando que a falta de política de reforma agrária do Estado do Amapá poderia levar a episódios cada vez mais frequentes de violência”.

De acordo com a Nota, “povo tem sofrido, cada vez mais, com diversas práticas violentas, incluindo constantes ameaças de morte e agressões”.

A CPT também manifestou solidariedade à família e pediu que os culpados sejam punidos.

Confira a nota completa:

NOTA DE REPÚDIO

Trinta anos após o assassinato da família Magave no lugar conhecido como “Pacas”, o município de Amapá é atingido por outro fato de violência no campo que levou à morte de um senhor conhecido pelo apelido de Maranhão. O Regional Amapá da Comissão Pastoral da Terra (CPT) repudia, veementemente, esse ato de violência praticado por um militar da reserva na tarde do último sábado, 23 de novembro de 2024, no município de Amapá (AP). O inquérito policial está apenas no início, mas tudo indica haver participação no assassinato de um empresário que não tem necessidade alguma de se apropriar de terra pública para própria subsistência.

Há algum tempo a CPT vem denunciando que a falta de política de reforma agrária do Estado do Amapá poderia levar a episódios cada vez mais frequentes de violência e nas suas extremas consequências a perda de vidas humanas. E agora mais uma vez aconteceu o atentado contra a vida que é o dom maior concedido por Deus.

É com frequência também que a CPT efetua denúncias as autoridades competentes a aplicação em todo o Estado de forças policiais efetivas e da reserva por parte de empresários para coagir simples e pobres moradores do campo. Embora seja um pequeno quantitativo que se dispõe a tais coerções, não deixa de ser preocupante apesar de o Estado permanecer omisso em muitas das denúncias realizadas pela CPT a tais atos.

A frieza e a covardia empregadas pelo assassino nos causam profunda indignação e reforçam um quadro já anunciado de agravamento da violência no campo amapaense. O nosso povo tem sofrido, cada vez mais, com diversas práticas violentas, incluindo constantes ameaças de morte, agressões, destruição de casas e roçados, além de despejos judiciais fundamentados em decisões questionáveis, que visam atender aos interesses privados de empresas e famílias com poder político e financeiro.

Neste momento de dor e indignação, a CPT manifesta sua solidariedade à família enlutada e conclama a sociedade a repudiar este ato bárbaro e cobrar das autoridades competentes que o crime seja rigorosamente apurado e que os culpados sejam punidos com o rigor da lei.

 

Macapá (AP), 25 de novembro de 2024.

Comissão Pastoral da Terra Regional Amapá

 

Salmos 103:6

“O SENHOR faz justiça e juízo a todos os oprimidos”

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(28/10/2024)

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