O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Cardeal Sérgio da Rocha, afirmou que a entidade enviou uma carta de apoio ao Papa Francisco, na qual reforçou sua comunhão e orações pelo Pontífice.
Em uma entrevista a ‘Vatican News’, o também Arcebispo de Brasília falou da missiva datada de 28 de agosto na qual, “como conferência episcopal, a CNBB manifestou a oração, o apoio fraterno, a solidariedade, a comunhão do episcopado, mas também da Igreja no Brasil”.
“Nós estamos muito unidos e queremos caminhar sempre mais unidos ao Papa”, acrescentou
Segundo ele, “estamos muito unidos ao Papa Francisco, primeiramente pela oração – rezamos sempre por ele, acolhendo seu pedido –, mas também pela acolhida muito sincera e firme das suas orientações”.
O Purpurado expressou a gratidão pelo “ministério petrino” de Francisco, pelo “bem imenso que ele tem feito pela Igreja, de modo especial, sua solicitude pela Igreja no Brasil”.
“É muito importante que esta nossa mensagem seja, na verdade, a expressão, não só daquilo que os bispos do Brasil sentem, mas, da Igreja no Brasil, que tem um carinho muito grande pelo Papa Francisco e que reza sempre por ele, que apoia as suas iniciativas, que acolhe os seus ensinamentos”, expressou.
Nesse sentido, acrescentou “esperamos cada vez mais crescer nessa comunhão com o Sucessor de Pedro. Crescer na unidade com o Papa Francisco, em todos os aspectos”.
“Ele, com certeza já sabe, pela carta que enviamos, dessa nossa atitude de comunhão, de solidariedade, de gratidão da Igreja no Brasil, de modo especial, da CNBB”, concluiu.
Nos últimos dias, bispos brasileiros expressaram em diferentes ocasiões seu apoio ao Santo Padre, como as cartas publicadas pelos Regionais Nordeste 3 e Sul 1, no final de agosto.
Em sua missiva, os Prelados do Regional Nordeste 3 expressam que, ao se perguntar como manifestar o “apoio concreto” ao Pontífice, concluíram “que está a nosso alcance dar uma renovada resposta a seus contínuos pedidos: ‘Rezem por mim!’. Não só o faremos, como motivaremos ainda mais nossas comunidades a colocá-lo em suas orações”.
Por sua vez, os Bispos do Regional Sul 1 reconheceram por meio da carta, “com gratidão e com senso de responsabilidade, tudo o que Vossa Santidade tem feito para combater o abuso de menores e de vulneráveis na Igreja Católica, buscando agir segundo a verdade e a justiça”.
Assim, expressaram “o compromisso com a luta de Vossa Santidade em ‘reconhecer e condenar, com dor e vergonha, as atrocidades cometidas por pessoas consagradas, clérigos, e inclusive por todos aqueles que tinham a missão de assistir e cuidar dos mais vulneráveis’ (Carta ao Povo de Deus, 20/08/2018, 2)”.
Em 25 de agosto, Dom Carlo Maria Viganò, ex-núncio nos Estados Unidos, publicou uma carta de 11 páginas assegurando que diversos sacerdotes, bispos, cardeais e inclusive o Papa Francisco sabiam dos abusos do ex-cardeal Theodore McCarrick e agiram com negligência ou o encobriram.
No caso do Papa Francisco, Dom Viganò disse que no começo do seu pontificado, em 2013, o Pontífice teria retirado as sanções supostamente impostas a McCarrick pelo seu predecessor, o atual Papa Emérito Bento XVI.
Em junho deste ano, o Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, seguindo ordens do Papa Francisco, proibiu a McCarrick de exercer o ministério público, depois que uma investigação realizada pela Arquidiocese de Nova York descobriu que uma acusação de abuso sexual a um menor era “crível e comprovada”.
Fonte: ACI Digital