Sonho, serviço, fidelidade

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Reflexão para o IV Domingo de Páscoa| 25 ABR 2021 – Ano “B”

1ª Leitura At 4,8-12 | Salmo: 117| 2ª Leitura: 1Jo 3,1-2| Evangelho: Jo 10,11-18

| MACAPÁ (AP) | Por Dom Pedro José Conti

Todo ano, no Quarto Domingo de Páscoa, encontramos a página do evangelho de João que nos apresenta a figura do Bom Pastor. Igualmente somos convidados a rezar pelas vocações; todas, mas de maneira especial as vocações sacerdotais, religiosas e missionárias. Um dos “serviços” mais importantes no Povo de Deus é aquele dos pastores. São pessoas dedicadas à evangelização, à administração dos sacramentos e à  própria organização geral das atividades da Igreja que, justamente, chamamos de “pastoral”. A Vida Religiosa e Consagrada, com as suas obras, mas também com o seu silêncio, oração e vida comunitária, lembra a todos os “conselhos evangélicos” da castidade, pobreza e obediência como caminho de santificação cristã, pessoal e de toda a Igreja em conjunto. Por fim, os Institutos Missionários nos ensinam a abrir sempre mais os horizontes da evangelização, sem esquecer que a missão de cada batizado e batizada já começa “em casa”, nas nossas famílias e nas nossas paróquias. O elã missionário garante que a Igreja toda nunca se feche na autossuficiência. Também rezaremos pelas demais vocações, sobretudo a familiar neste Ano Especial da “Amoris Laetitia”. Lembraremos, porém, as diferentes profissões com um carinho especial, nestes tempos difíceis, por aqueles e aquelas que se desgastam no cuidado da saúde dos enfermos com tanta dedicação e desprendimento. Todo ano, para este dia Mundial de Oração pelas Vocações, os papas oferecem uma mensagem para rezar e refletir. Desta vez, Papa Francisco aproveitou da figura de São  José e eu não podia deixar de partilhar um pouco desta reflexão sobre a vocação e o nosso querido Padroeiro.

Na sua mensagem, Papa Francisco faz uma comparação entre o chamado de São José e as demais vocações. Aponta três palavras-chave para a vocação de cada um: sonho, serviço e fidelidade. O “sonho”.

Acompanhando o evangelho de Mateus, já sabemos dessa comunicação extraordinária de Deus com São José. Os sonhos, em si, são sempre algo muito duvidoso. No entanto, São José se deixou guiar por eles porque confiava em Deus. Escreve Papa Francisco, “os sonhos introduziram José em aventuras que nunca teria imaginado… Assim acontece na vocação: a chamada divina impele sempre a sair, a dar-se, a ir mais além. Não há fé sem risco”. Toda vocação pede uma resposta. Adiar, titubear, repensar, pode ser natural, mas não deve se prolongar tanto que, afinal, não dê mais tempo para responder. São José teve que mudar seus planos, mas respondeu na hora certa e da maneira certa. A respeito do serviço, Papa Francisco convida a lembrar a total entrega de São  José ao projeto de Deus. Ele soube amar, sem reservar nada para si. É neste ponto que todos os que respondem a uma vocação devem amadurecer para passar do “sacrifício” ao serviço generoso. De outra forma, qualquer renúncia, grande ou pequena, parece insustentável e injusta, gera “infelicidade, tristeza e frustração”. Toda vocação matrimonial, celibatária ou virginal chega à maturação somente através do dom de si mesmo e assim resplandece pela beleza e a alegria do amor. 

A terceira palavra é fidelidade. São José viveu sua vida de homem “justo” na perseverança no seu trabalho humilde, familiar e silencioso. Qual foi o seu segredo? Responde Papa Francisco: a fidelidade de José se alimentou “à luz da fidelidade de Deus”. Foi a resposta corajosa e firme às palavras ouvidas: “não temas” (Mt 1,20). Conclusão do Papa: “na casa de Nazaré reinava uma alegria cristalina… diária e transparente de simplicidade, a alegria que sente quem guarda o que conta: a proximidade a Deus e ao próximo”.

Por tudo isso, Papa Francisco chama São José de “guardião das vocações” porque gosta de pensá-lo como guardião de Jesus e da Igreja. “Que belo exemplo de vida cristã oferecemos quando não seguimos obstinadamente as nossas ambições nem nos deixamos paralisar pelas nossas nostalgias, mas cuidamos de quanto nos confia o Senhor, por meio da Igreja!”. Toda vocação precisa mesmo de um “cuidado” zeloso para que todos nós continuemos a ser um dom para quem encontramos nos caminhos da vida.

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